Em tempos de inteligência artificial, mergulhar na natureza é o que me traz imagens reais. E, apesar de o senso comum atualmente discordar, o real é mais impressionante que o artificial. Todos os bits digitais não se comparam às moléculas, às células que se aglutinam de modos que ainda nem sabemos compreender, criando estruturas únicas. Através desse projeto fotográfico apresento alguns dos fungos que encontro ao me embrenhar na mata. Na prática profissional diária, distante da floresta, utilizo câmeras, lentes, flashes, tripés. Me valendo dessa experiência, levo os equipamentos de estúdio para dentro da mata, e procuro enxergar através da minha luz os seres fantásticos que encontro. Os fungos não costumam estar no nosso cotidiano. São praticamente desconhecidos pela maioria de nós. É preciso um olhar atento para encontrá-los. Mas, uma vez que nos são apresentados, começamos a notá-los sempre. Esse é o principal objetivo do projeto: abrir olhos e mentes para o que está ao nosso redor e nem sempre temos sensibilidade para enxergar.